
Mais rápida a caneta que a cabeça,
mais rápida que a mão que a segura,
escreve inocente, imatura,
por mais que eu lhe peça que obedeça.
Desliza sobre a folha de papel
e larga confidências escondidas.
Estavam prisioneiras as bandidas,
agora já me fogem sob a pele.
Vou pô-la na gaveta de castigo
e ver se desta forma eu consigo
suster esta torrente de loucura.
E vou coser a boca com uma linha
a ver se assim o verso se definha.
Transformo este dilúvio em secura.
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