
Agarro a caneta apertada
em mão firme, segura, diligente,
não vá ela, caneta, de repente
fugir pela folha fora à desgarrada.
Assim solta, bem livre, independente,
poria ela a nu, à luz do sol,
o centro que me guia, o meu farol,
num só e simples verso que não mente.
Se vou estar atento à caneta
não posso, que sem querer, se intrometa
na folha de papel qualquer ideia
que possa passar no corte da censura,
me faça alguma asneira, uma loucura,
sangrando mais ainda esta veia.
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