Eu tenho o coração ao pé da boca
mas esta está muda, bem fechada.
Covarde, com vergonha não diz nada.
Garganta do aperto fica rouca.
Engulo a palavra, impotente,
estranho a minha língua de tão seca.
A minha fluência fica peca,
a graça habitual não mais se sente.
Não falo mas escrevo com fartura
tentando mitigar esta secura
que tu não compreendes nem que tentes.
Se perto me chegares o teu ouvido
quem sabe, de repente, eu consigo
deixar sair teu nome entre os dentes.
mas esta está muda, bem fechada.
Covarde, com vergonha não diz nada.
Garganta do aperto fica rouca.
Engulo a palavra, impotente,
estranho a minha língua de tão seca.
A minha fluência fica peca,
a graça habitual não mais se sente.
Não falo mas escrevo com fartura
tentando mitigar esta secura
que tu não compreendes nem que tentes.
Se perto me chegares o teu ouvido
quem sabe, de repente, eu consigo
deixar sair teu nome entre os dentes.
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