
Escrevo à revelia da moral
sem medo do atropelo à decência.
Escrevo apressado, com urgência
qualquer ideia mesmo a mais banal.
Escrevo sobre sexo, sem pudor,
com gosto, excitado, emotivo.
Escrevo sobre a morte, mas bem vivo,
só fujo de escrever sobre o amor.
Parece que não sei mais conjugar
um verbo que já soube manejar,
mas penso que também amei um dia.
Escrevo a direito, escrevo torto.
Quem sabe se algum dia, eu já morto,
serei também julgado à revelia.
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